
Na última semana, a jornalista Malu Gaspar divulgou em coluna no jornal ‘O Globo’ e em edições em telejornais da GloboNews que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, teria feito “pressão” sobre o presidente do Banco Central Gabriel Galípolo, no caso Banco Master.
A jornalista afirmou que “Moraes procurou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pelo menos quatro vezes para fazer pressão em favor do Banco Master”, sugerindo que a ‘interferência’ teria acontecido pelo motivo que a esposa do ministro, a advogada Viviane Barci, teria contrato com o banco.
Em vários telejornais da emissora foi divulgado que enquanto o Banco Central analisava a liquidação do Master, em julho de 2025, “ocorreu uma reunião em que o ministro do STF Alexandre de Moraes pediu a Galipolo pelo Master”.
Procurado para comentar o caso, o ministro disse que apenas procurou Galípolo para tratar das sanções contra ele e a esposa pela Lei Magnitsky, imposta pelo governo de Donald Trump, dos Estados Unidos.
No entanto, após a repercussão da suposta interferência do ministro nas negociações do banco, diversos pedidos de investigação e até impeachment de Alexandre de Moraes surgiram na Justiça.
Nesta terça-feira (30), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu arquivar um pedido para investigar a atuação de Moraes no caso ligado ao banco. O pedido de investigação foi apresentado pelo advogado Enio Murad e não tem relação direta com os processos sobre o tema que tramitam na Suprema Corte.
O advogado relatou as informações divulgadas pela imprensa, principalmente pelo grupo Globo, citando que a esposa do ministro, a advogada Viviane Barci de Moraes, mantinha contrato de serviços advocatícios com o referido banco privado.
O pedido visava a instauração de investigação com base nos crimes de tráfico de influência e violação aos princípios da Administração Pública.
Gonet arquivou o pedido e citou que é “imperativo sublinhar a absoluta ausência de lastro probatório mínimo que sustente a acusação formulada” seja contra Galípolo ou Moraes.
“Não obstante a repercussão midiática do caso, os veículos de imprensa não apresentaram elementos concretos ou indícios materiais que corroborem a tese de intimidação, permanecendo a narrativa no campo das suposições”, diz o PGR em documento assinado em 27 de dezembro.
Paulo Gonet cita que o sigilo de fonte, que consta nas reportagens publicadas, impõe limitação de apuração do caso.
Reações nas redes sociais
Após a decisão da PGR por falta de sustentação nas acusações contra o ministro, a emissora passou a ser duramente criticada nas redes sociais: “Malu Gaspar se enrolou na própria mentira. 1 – Admitiu que não tem provas contra Alexandre de Moraes. 2 – Não existe contrato de R$ 124 milhões entre a esposa de Moraes e o banco master. 3 – Não vai haver golpe contra Alexandre de Moraes e ela tem que se preparar para consequências de suas mentiras”, publicou um internauta no ‘X’.
“A senhora Malu Gaspar tá bem queimada, e depois de mentir descaradamente, agora vai sumir por um bom tempo para ‘preservar’ o jornal para o qual mente, quero dizer, trabalha”, publicou outro internauta.
O deputado Rogério Correia também se manifestou sobre o caso: “Eu avisei. Malu Gaspar não tinha provas, só meia dúzia de “fontes” que não se sustentaram. Agora voltou atrás e admitiu que NÃO houve qualquer pressão do ministro Alexandre de Moraes sobre Gabriel Galípolo, presidente do BC, no caso do Banco Master. O bom jornalismo, assim como a Justiça, exige compromisso com a busca da verdade, checagem rigorosa das informações e questionamento das fontes. Exatamente o que faltou na era Sérgio Moro ou lavajatista, quando convicções viraram manchetes e boatos viraram processos”, afirmou.
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